domingo, 9 de março de 2025

Passámos anos a avisar... a hiper sexualizacão, a redução do discurso público a mínimos absurdos, um enfraquecimento das sociedades, a tentativa de redefinir códigos culturais, uma corrupção ímpar na história... bastaria viajar, apanhar o comboio para Budapeste em 2015... no entretanto, uns perderam a vida, outros, como eu, ficaram com ela destroçada... e, no fim de tudo, está aí a guerra, os velhos de sempre a pedirem o regresso ao ethos cavalheiresco, como se estivéssemos na idade do cavalo e não do drone, enquanto grassa uma indiferença cada vez maior ao terrorismo em solo europeu. Aquele historiador inglês era capaz de ter razão, as sociedades morrem - mas enganou-se na identificação do defunto. E agora esta sociedade morta prepara-se para um conflito de larga escala com outro moribundo.

Não me parece que esta gente tenha a mínima ideia do que lhes espera. O doutor Destouches avisava com os chineses, que eles vinham aí... na altura, um bando de miseráveis... era preciso ter olho para perceber que não tardariam... e na sua versão caniche norte-coreano chegaram às portas orientais da Europa. 

Prefiro o meu desgosto, apesar de tudo. Gostaria muito de um dia voltar a ver a L. Mesmo não estando bela, nem jovem, também eu já estou no fim do Verão, gostava de a ver, porque a memória que tenho dela é um símbolo de alegria, do mais puro amor. Tudo o resto, por esta altura em que já me morreu tanta gente querida, não me importa nada.

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