domingo, 29 de junho de 2025

Apesar de tudo, as coisas podiam ser piores, credo, podia estar, por esta altura, na Ameixoeira, e não refugiado em Maastricht do Statenkwartier de Haia, e em vez da minha lindíssima companhia do Brasil, estar com uma carcaça seca a falar-me de processos em que roubou o mais que conseguiu. O que às vezes me entristece é pensar no cheiro, nas infecções urinárias, naquela tara de ter o cu cheio e pedir para lá espetá-lo.

Podia ser pior, de facto.

sábado, 28 de junho de 2025

Em Maastricht, para fugir da cimeira da NATO. Segundo o meu pai, "Vi a tua casa na televisão". Já eu, fiquei ofendido por não me convidarem.

Passámos hoje em frente à Faculdade de Direito e a doçura que é a minha mulher deu graças a Deus por, há muitos anos, não ter dinheiro para pagar o curso de Direito no Brasil. 

Concordei, é demasiado bondosa, decente.

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Parece-me que isto não tem outra solução que não a barbárie. Não consigo encontrar pontos de contacto ou paralelismos, talvez as migrações no Leste do século XIX, o corporativismo e a promessa da velocidade do fascismo italiano... não entendo bem o que está a acontecer, este declínio... e esta vontade de morte que ouço por em toda a parte. Parece que a vontade é essa. Logo se verá.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

O mês passado lá fomos a Londres com o meu pai. O que mais gosto na cidade é de vir aqui, porque me faz lembrar coisas boas





domingo, 18 de maio de 2025

Os imbecis do costume. Nunca andaram na linha de Sintra depois das dez, não viveram o medo de ter a namorada a voltar à noite para casa no Cacém, não sabem o que são as aldeias de repente cheias dos pobres coitados do Indostão, nunca entraram num café central para ver a bola, não conhecem, ou fingem não conhecer, o inferno criado pela ciganada nos bairros de Lisboa, em Alcobaça, em Leiria, vivem preocupados com o buraquinho do cu e com a entrega da  cocaína a horas e agora estão espantados com o crescimento do Chega. É preciso ser estúpido e, lá isso, são.