Faz hoje anos. Lembro-me destas datas. São 46, se não me engano. Durante muito tempo pensei que seria como no livro da Duras, que ganharia coragem para lhe ligar e dizer que apesar do casamento, dos filhos, do tempo, tudo seria igual, tudo seria igual até morrermos. A literatura também está morta.
E, agora, aí estamos, a falar de soldados, de guerras, do Báltico, a cimeira da NATO do outro lado da rua, os agentes da polícia europeia no meu prédio, mais a tesuda da ucraniana e o marido e o filho, espiões e microfones por todo o lado, não deixa de ter a sua graça.
Estão estes dias bonitos do Norte, céu limpo, sol, temperatura negativa. Dias muito bonitos.
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