quinta-feira, 4 de abril de 2024

Passagens

 


Depois da peregrinação anual ao Danúbio, um dia em Pasau e mais alguns em Viena, e de uma visita de fim de semana a Trieste, o Domingo de Páscoa no Vaticano, e uma visita a Roma. A única coisa divertida foi a família portuguesa à minha frente na fila, da classe mérdia, como dizia aquela socióloga brasileira, um casal com dois filhos, um João Maria e uma menina quase adolescente, muito enjoada e enojada com o cheiro do mendigo que passou por nós, coitadinha. Aproveitei para lhes dizer que um par de pedaços de merda (uns óculos de sol de marca Ferrari postos numa manhã chuvosa denunciam qualquer cretino) só podia trazer ao mundo uma coisa daquelas e que é uma vergonha infestarem uma celebração sagrada. Foi o meu ensinamento e espero que o conservem o resto da vida. De resto, é tudo tão degradante, estas hordas ridículas, incultas, um espectáculo de bestialidade humilhante, as fotografias, o ruído, a estupidez, tudo tão inumano e bárbaro. Restam as livrarias e as igrejas, aquelas que não aparecem em filmes ou séries americanas, um pouco de silêncio, o mar Adriático, Trieste.

Sem comentários:

Enviar um comentário