sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Não há criatura neste mundo mais bondosa, mais pura e generosa do que a minha mulher. Viu, hoje, à distância, a mãe ser enterrada. Morreu ontem, cancro no rim, uma crueldade aos cinquenta e quatro. Viajou para o Brasil no princípio do mês, queria morrer lá, já o sabia. 

Há rostos de tristeza que nunca esquecerei.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Mas, também não resisto, e vou ver umas fotos antigas, com treze anos... como era bonita, a L. Nunca, em nenhum momento, encontrei uma beleza tão profunda, tão tocante, com a qual, para citar o príncipe doente, se podia salvar o Mundo. Duma beleza assim nunca se sai, por mais que se tente. Talvez precise de mais uns anos. Talvez.

Amanhã, vamos para Londres. Para celebrar os 35 da minha consorte, uma semana na National Gallery, no Tate, no Saque de Atenas, nas livrarias e cafés da cidade. A ver se mais ninguém morre, que também era bom aproveitar um bocado.